quinta-feira, setembro 28, 2006

O que fazer ?!

"Alguém tem mais alguma coisa a dizer?"
"Não acho conveniente fazer essa pergunta. Acho que você deveria dizer: Alguém que escutar?"
Pois é, as pessoas sempre querem falar, falar, falar . . . Mas nunca escutar.Não tiro meu corpo fora por completo, tenho meus problemas, minhas angústias, meus medos, minhas vontades, e ás vezes tudo que a gente quer é falar mesmo. Em uma reunião um pouco tensa, em que as pessoas ficam o tempo todo perguntando se você não quer falar, e quando você fala logo é interrompido, você realmente acha que elas querem te escutar?
É isso ai. . . Vivemos situações assim todo dia . . . O problema é quando se está, por exemplo, com uma coisa grave, com alguma coisa que você não pode abrir mão, não pode deixar nem um minuto de lado, e um amigo, irmão, está com outra.
O que fazer?
Eu não sei, talvez os dois cravem estacas um nas costas do outro. Tomara que depois se entendam . . .
Só tenho uma coisa a dizer :
Você é meu irmão, nada vai mudar isso . . .

terça-feira, setembro 19, 2006



Banda Aldan lança disco "Pra se ter uma idéia" no Centro Cultural UFMG

O rock jovem da banda Aldan foi registrado no disco demo "Pra se ter uma idéia", que será lançado em 7 de outubro, sábado, no Centro Cultural UFMG, em Belo Horizonte. No CD, Raphael Vieira (voz e gaita), Bruno Carlos (bateria), Davi Brêtas (guitarra) e Léo Dias (baixo) interpretam seis canções próprias. O trabalho traz ainda uma faixa interativa com fotos, vídeos e duas canções bônus – uma gravação ao vivo de "Meu pé esquerdo" e um registro caseiro/acústico de "Abstração". O show tem a participação do mais novo integrante do grupo, Marcus Vinícius (violão, guitarra, repique de mão e vocais).

Gravado no primeiro semestre de 2006, no estúdio Porão, na capital mineira, o disco traz as faixas "Plano B", "Barcos na imensidão", "Essa tal paz", "Futuro no Ar", "Outono das máscaras" e "O bêbado e a flor". As músicas da Aldan trazem referências que vão do rock à Música Popular Brasileira (MPB), passando pelo samba e pelo Clube da Esquina. As letras falam, com inteligência e sensibilidade, de amor, de planos, de ideais, de verdades e de respostas.

O show será no sábado, 7 de outubro, a partir das 19h30, no Centro Cultural UFMG (Avenida Santos Dumont, 174, centro, BH). A entrada custa R$5 e dá direito a um CD da banda. O preço é único, válido para todas as categorias. A abertura da noite ficará por conta do duo de violões Lusco Fusco, formado pelos músicos Luiz Gabriel Lopes e Emerson Fonseca, que vão apresentar composições próprias e releituras da MPB e da música internacional.

Sobre a Aldan A Aldan existe há quase dois anos. O nome é uma palavra criada por eles, derivada de uma expressão celta que quer dizer "puro de coração". Desde o começo, eles resolveram investir em produção própria. A feitura das canções é feita de forma coletiva, com a participação de todos os integrantes na criação de letras, das melodias e dos arranjos.
Sobre as composições transitarem por lugares distintos, o vocalista Raphael Vieira explica: "Nesses vários estilos, a gente tenta passar uma coisa legal; às vezes, são somente ‘viagens’; às vezes, tem um lance meio filosófico, confissão de sentimentos... A gente compartilha nossas dores e alegrias e o que pensamos sobre as coisas", conclui.

Histórico

O primeiro show do grupo foi em uma calourada da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). Depois desse empurrão inicial, a Aldan já se apresentou em espaços consagrados do rock belo-horizontino, como na casa de shows Matriz e no bar Pau & Pedra. Em dezembro do ano passado, a banda fez show no Centro Cultural UFMG. No começo deste semestre, a Aldan participou da Calourada Unificada da PUC São Gabriel e da UNA.

O grupo já ensaiou em vários lugares, como na casa do vocalista Raphael, em Contagem, na casa do violonista Marcus Vinícius, em Santa Tereza, BH, e em vários estúdios da capital. Atualmente, os músicos estão empenhados na construção de um estúdio próprio, no bairro Novo Progresso, em Contagem. A banda tem surpresas no palco, como o som de uma gaita que surge de repente e até um megafone, usado sem nenhum pudor.

Integrantes:
Raphael Vieira – vocal e gaita

Raphael é um compositor nato. Aos 23 anos, ele divide seu tempo entre a banda, o trabalho e o curso de Ciências Biológicas da UFMG. Começou a cantar bem cedo, aos sete anos, no coral da igreja. Mas logo alçou vôos mais altos: "Aos 12, entrei para o Coral Lírico Infantil da Fundação Clóvis Salgado", onde ficou até os 14. Com a mudança de voz, abandonou momentaneamente a música, até descobrir novas possibilidades no rock. "Aos 15 anos, eu precisava mais de música do que água, ou comida", revela. Entrou para uma banda que não durou mais do que um mês. Mais tarde, vieram outros projetos e a Aldan foi a quinta banda a tê-lo como vocalista. "A Aldan era uma idéia de um projeto paralelo que acabou virando o oficial", revela o músico, que define o grupo como uma "combinação de idéias".

Nascido em Belo Horizonte, hoje, ele mora no bairro Novo Progresso, em Contagem (é vizinho do baterista, Bruno). Para Raphael, o primeiro disco é uma oportunidade de as pessoas fazerem uma idéia do que é o grupo, "como o próprio nome já diz". Ele espera que, a partir desse trabalho, a banda consiga se aproximar ainda mais do público: "Quando a gente faz uma música, não é pra ela ficar só no quarto da gente. Compartilhar é preciso. Fazer arte é se expor", diz, consciente.

Bruno Carlos – bateria e vocais

Com um jeito mineiro que é só dele, Bruno Carlos, de 23 anos, sempre gostou de batucar. Ele diz não se lembrar do primeiro batuque, já que a música sempre fez parte da sua vida: "Tocava no sofá, além de transformar as panelas lá de casa em bateria". Bruno só foi ter contato com uma "bateria de verdade" aos 16 anos, "quando um colega da minha irmã montou uma banda e me chamou pra tocar com ele". E a primeira música não saiu da memória: "Era ‘Eu quero ver o oco’, dos Raimundos. Eu me lembro que fiquei muito satisfeito por conseguir tocar direitinho".

Bruno foi um dos fundadores da Aldan, há dois anos, quando ele, Raphael e Léo resolveram abandonar uma banda de som mais pesado e formar um novo grupo. "Eu não gostava muito do som da outra banda, aí, convidamos o Davi, e mudamos de nome e de estilo". E qual é o estilo da banda? Ele responde a pergunta com outra: "A gente toca pop rock, não é mesmo?" Para ele, o lançamento do primeiro disco demo trará mais responsabilidades ao grupo. Bruno ainda se acostuma com esse novo caminho que apenas começa: "Um dia, minha prima disse que escutou a Aldan na Rádio UFMG Educativa. Apesar de ficar feliz, eu ainda acho estranho esse lance de tocar no rádio", confessa esse belo-horizontino. Além de bom baterista, Bruno é também ferroviário.

Davi Brêtas - guitarra

Davi Brêtas dedicou metade dos seus 20 anos à música. Começou cedo, aos dez, a tocar violão, no intervalo das aulas do Instituto de Educação. Belo-horizontino do bairro Santa Efigênia, ele conta que começou com suas próprias músicas, "por não conseguir tocar as dos outros direito". Fã de Mutantes, Barão Vermelho e dos clássicos Beatles e Rollings Stones, o guitarrista confunde sua entrada no grupo com o surgimento da Aldan. "Os meninos (Raphael, Léo e Bruno) estavam querendo montar um novo grupo, depois de desistirem de um outro projeto. Então eles me convidaram para tocar guitarra".

A produção foi imediata: "No dia seguinte ao meu aceite, o doido do Rapha me ligou para fazermos uma música juntos. Foi assim que nasceu "Abstração", que está na faixa multimídia do nosso disco demo, em uma versão bem caseira". Para ele, o CD "Pra se ter uma idéia", além de realização pessoal, é a possibilidade da banda dar uma resposta ao público. Ele conta que espera que a resposta venha também das pessoas que escutarem o disco: "que seja através de aplausos ou de vaias. Mas claro que eu prefiro o primeiro", brinca. Além de guitarrista, Davi cursa História na PUC Minas.

Léo Dias - baixo

Léo Dias tem 22 anos e toca baixo desde os 17. Ele diz que a influência foi do amigo Raphael, que teve a idéia de montar uma banda: "Primeiro, eu pensei em ser baterista, mas, com a chegada do Bruno, acabei optando pelo baixo", conta. Léo aprendeu a tocar o instrumento praticamente sozinho e só fez três meses de aula.

O baixista conta que a criação das músicas é feita de forma coletiva: "Além de fazer os arranjos para o baixo, sempre dou ‘pitaco’ nos outros instrumentos também." Ele resume o lançamento do primeiro disco demo como "a primeira oportunidade de a gente ser conhecido como uma banda de fato, uma forma de divulgar nossas idéias." Morador do bairro Santa Efigênia, na capital, Léo é aluno do curso de Ciências Biológicas da PUC Minas.

Marcus Vinícius – violão, guitarra, tamborim e vocais

Aos 20 anos, Marcus Vinícius divide o tempo entre a música e o curso de Comunicação Social na PUC Minas. Mas a música é coisa mais antiga na vida desse belo-horizontino, nascido e criado no tradicional bairro de Santa Tereza. "Comecei a tocar violão aos dez anos, junto com o Davi, quando ainda estudávamos no Instituto de Educação". De lá pra cá, muita coisa aconteceu e ele nunca parou com uma de suas vocações: compor.

A entrada para Aldan só foi concretizada no começo do segundo semestre deste ano, foi aos poucos: "Eles começaram a tocar em shows uma música minha e do Davi, ‘Luz vermelha’, aí, eu fui invadindo aos poucos", brinca. E com a entrada de Marcus, a Aldan ganhou um novo letrista. "Raphael e eu temos estilos bem diferentes e ainda não compomos nada juntos, quem sabe em breve?", espera o compositor que gosta de misturar humor e tragédia em suas canções.